LEMBRANÇA LITERÁRIA
Ilda Maria Costa Brasil
Em 1960, tinha eu onze anos e estudava em um colégio particular, quando, numa aula de
Português, a professora avisou a turma; que a atividade do dia seria uma redação, tendo como tema “A Paz”. Lembro que comecei o texto por três vezes, mas por não gostar, amassava as folhas. O sinal bateu para o recreio, eu e quatro colegas não tinhamos concluído os trabalhos. Nisso, ouvimos:
– Na sala; ficam os que ainda não entregaram o texto.
Minutos depois, coloquei a minha produção na mesa da professora, considerando-a ótima. Qual a surpresa, na semana seguinte, quando as redações nos foram devolvidas. No alto da minha folha estava escrito “Trabalho inadequado!” Lágrimas escorreram em meu rosto. Decepcionada, dobrei a folha várias vezes e a coloquei no estojo. Em casa, guardei-a em uma Caixinha de Fósforos e a escondi no fundo de uma gaveta.
Quatro anos depois, ao fazer quinze anos, ganhei de um dos convidados; um Porta-Joias, onde coloquei a Caixinha de Fósforos. Dessa, nunca me separei! De quando em quando, relia o texto e continuava sem entender a observação da professora.
No dia 12 de setembro de 2023, ao preparar a mala para ir a São Paulo-SP, a fim de participar do “International Forum for the Literature and Culture of Peace”, 8ª edição do IFLAC World Brazil Peace Congress – Congresso Internacional de Literatura para a Paz “Ada